sábado, 21 de abril de 2007
domingo, 8 de abril de 2007
ILHA DAS FLORES
Ok... trata-se de um documentário antigo - quase 18 aninhos de idade. Mas mais atual, impossível!

Bastam 13 minutos para que você pare um pouco e reflita sobre o que é e até onde vai o ciclo humano que envolve religião, biologia, pobreza, história, capitalismo, geografia, fome, matemática, dinheiro e bom-senso, ou melhor, a falta dele.
Começando com o hino de “A Voz do Brasil” – “O Guarani” de Carlos Gomes - e com os seguintes escritos: “Este não é um filme de ficção”, “Existe um lugar chamado Ilha das Flores” e “Deus não existe”, o documentário Ilha das Flores já traz impacto desde o seu início.
Questionando a existência de Deus no início diante da miséria mostrada no final, Ilha das Flores responde, ao longo de seus poucos minutos, diversas perguntas do tipo: Qual a produção mundial de tomates? Como se mede um segundo? Quantas galinhas valem uma baleia? Como se fabrica perfume? Quem foi Mem de Sá? Entre outras cujas respostas se linkam gerando explicações sobre questionamentos muito mais profundos e importantes como, por exemplo, o que é o ser humano?, do que ele é feito?, como ele se difere dos outros animais?, quais seus limites? e até onde ele vai pra sobreviver?
Neste filme, o limite parece ser a própria Ilha das Flores, um lugar afastado de Porto Alegre para aonde vai todo o lixo que a cidade produz e quer se ver distante. Distante para se livrar do entulho, do cheiro e das doenças que o lixo dá. Mesmo lixo que, diga-se de passagem, também dá àqueles que não tiveram o luxo de dispensar um alimento, o sustento do dia, ou melhor, de parte do dia - pra ser mais exato, 5 minutos. Isso, 300 segundos é o tempo limite que cada um daqueles que não têm o que comer, têm para achar um alimento dispensado não só pela família da mulher que trocou o dinheiro que ganhou com a venda de perfumes vindos de flores - que diferentemente do lixo, são cheirosas - mas também pelo porco que apesar de não ter um cérebro desenvolvido como o dos seres humanos, merece um alimento melhor do que alguns (ou vários) deles.
Uma crítica ferrenha ao capitalismo que sem dó nem piedade exclui um grande contingente de pessoas, este filme cutuca também o próprio ser humano que mais egoísta que o próprio sistema parece ter dentro de si um instinto muito animal e nada humano de excluir e privilegiar na ordem quase que sempre inversa e equivocada - ou estaria certo colocar um porco a frente de pessoas na fila por um simples tomate podre?
Certo ou errado: mesmo com um cérebro teoricamente bem mais desenvolvido do que o de qualquer outra espécie, o ser humano até hoje parece não saber distinguir um do outro. Ou pior, pode até saber, mas como um animal, ou mesmo vegetal, ou ainda qualquer outra coisa que não desenvolva a função deste tal tele encéfalo dito altamente desenvolvido, ele prefere ignorar – e tudo em nome do verbo TER. P.S: Conjugado na primeira pessoa do singular, de preferência no presente do indicativo.
Começando com o hino de “A Voz do Brasil” – “O Guarani” de Carlos Gomes - e com os seguintes escritos: “Este não é um filme de ficção”, “Existe um lugar chamado Ilha das Flores” e “Deus não existe”, o documentário Ilha das Flores já traz impacto desde o seu início.
Questionando a existência de Deus no início diante da miséria mostrada no final, Ilha das Flores responde, ao longo de seus poucos minutos, diversas perguntas do tipo: Qual a produção mundial de tomates? Como se mede um segundo? Quantas galinhas valem uma baleia? Como se fabrica perfume? Quem foi Mem de Sá? Entre outras cujas respostas se linkam gerando explicações sobre questionamentos muito mais profundos e importantes como, por exemplo, o que é o ser humano?, do que ele é feito?, como ele se difere dos outros animais?, quais seus limites? e até onde ele vai pra sobreviver?
Neste filme, o limite parece ser a própria Ilha das Flores, um lugar afastado de Porto Alegre para aonde vai todo o lixo que a cidade produz e quer se ver distante. Distante para se livrar do entulho, do cheiro e das doenças que o lixo dá. Mesmo lixo que, diga-se de passagem, também dá àqueles que não tiveram o luxo de dispensar um alimento, o sustento do dia, ou melhor, de parte do dia - pra ser mais exato, 5 minutos. Isso, 300 segundos é o tempo limite que cada um daqueles que não têm o que comer, têm para achar um alimento dispensado não só pela família da mulher que trocou o dinheiro que ganhou com a venda de perfumes vindos de flores - que diferentemente do lixo, são cheirosas - mas também pelo porco que apesar de não ter um cérebro desenvolvido como o dos seres humanos, merece um alimento melhor do que alguns (ou vários) deles.
Uma crítica ferrenha ao capitalismo que sem dó nem piedade exclui um grande contingente de pessoas, este filme cutuca também o próprio ser humano que mais egoísta que o próprio sistema parece ter dentro de si um instinto muito animal e nada humano de excluir e privilegiar na ordem quase que sempre inversa e equivocada - ou estaria certo colocar um porco a frente de pessoas na fila por um simples tomate podre?
Certo ou errado: mesmo com um cérebro teoricamente bem mais desenvolvido do que o de qualquer outra espécie, o ser humano até hoje parece não saber distinguir um do outro. Ou pior, pode até saber, mas como um animal, ou mesmo vegetal, ou ainda qualquer outra coisa que não desenvolva a função deste tal tele encéfalo dito altamente desenvolvido, ele prefere ignorar – e tudo em nome do verbo TER. P.S: Conjugado na primeira pessoa do singular, de preferência no presente do indicativo.
PARA ASSISTIR, ACESSE:
PARTE 1: http://www.youtube.com/watch?v=Zfo4Uyf5sgg
PARTE 2: http://www.youtube.com/watch?v=6IrGibVoBME&mode=related&search=
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