segunda-feira, 28 de abril de 2008

Jovens sem limite



Fim de semana, nada pra fazer e decidi justamente pelo programa que sempre abominei pelo menos aos sábados e domingos: ir ao Shopping Center. Lugar fechado, iluminado por quadrados devidamente projetados para despertarem desejos, cheio de pessoas segurando casquinhas mistas do Mc Donald's, se esbarrando umas nas outras pra rodar, rodar e chegar a lugar nenhum. Um bando à toa, exatamente como eu!

Mas de tudo se tira uma lição. E a minha começou quando me deparei com quatro jovens à frente do caixa de uma loja de brinquedos. Eram duas meninas, uma de no máximo 10 anos, a outra de mais ou menos 17, 18; e dois meninos, um nessa mesma faixa de idade e o outro uns dois anos mais velho, certamente o primogênito da família. Em um ato de total indiscrição, sem o mínimo de pudor da minha parte, comecei a prestar atenção na conversa dos jovens e simplesmente descobri que o mal da humanidade é virtual. E se chama cartão de crédito!

Aqui descrevo o que ouvi. Desculpem-me se sem uma garantia de total fidelidade ao discurso, mas com real e confiável semelhança:

- Já sei! Já que o Playstation está emprestado, a gente podia comprar um Imagem & Ação pra jogar essa noite. O que vocês acham? – disse a menina de 17, 18 anos, que depois descobri ser a namorada do primogênito.

O menino com a mesma faixa de idade, logo revidou:

- Que Imagem & Ação o quê! Larga de ser fútil! Vamos comprar um jogo mais cult, tipo Perfil, saca?

- Cult por cult então melhor levar Scotland Yard. Elementar, meu caro irmão! – gargalhou o primogênito induzindo toda a família a seguir o riso.

A namorada emburra-se por ser chamada de fútil e o primogênito pra garantir o bom humor da noite decide levar o Imagem & Ação e o Scotland Yard. Mas o irmãozinho metido a intelectual não aceita e inclui no carrinho de compras o tal Perfil.

- Se todo mundo vai levar, eu também quero esse quebra-cabeça de 3.000 peças do High School Musical! – grita a pequena de 10 anos.

Mesmo sabendo ser impossível uma criança de 10 anos montar um quebra-cabeças de 3.000 peças, o carrinho aceita em sua espessura mais uma caixa de brinquedos.

Na hora de pagar a mulher do caixa dá uma olhada desconfiada e pergunta se são todos para presente. A namorada logo entra na frente:

- Não! São todos para NÓS! É que não temos o que fazer esta noite!

A mulher se vira com olhar de desprezo e mostra o valor de R$310,24 na tela do caixa. O sr. Primogênito tira o cartão e simplesmente diz:

- No débito, por favor!

Já estava suficientemente indignada quando ao saírem os jovens ainda comentaram que passariam no Burger King cada um para comprar uma promoção que eu calculo ser de no mínino 11, 12 reais. Isso sem contar o cinema, o estacionamento e uma ou outra baboseira escondida em todas aquelas sacolas brilhantes.

Só sei que ao final do passeio no shopping, eu, que trabalho, tenho uma condição não só estável, mas confortável, não tinha gastado sequer um terço daqueles quase 400 reais deixados de bobeira pelos jovenzinhos, no tal lugar fechado, iluminado por quadrados que não só tentam mas despertam irrecusáveis desejos, cheio de pessoas segurando não só casquinhas mistas do Mc Donald's mas também sacolas cheias e brilhantes, se esbarrando umas nas outras pra rodar, rodar e chegar aonde todos almejam: no lugar mais próximo ao topo da auto-afirmação.

Sempre me senti mal nos momentos à toa da minha vida. Mas dessa vez meu estado de nostalgia, diante de tanta futilidade e irresponsabilidade dos pais desses jovens, se multiplicou. E em juros compostos, pois é realmente indigesto saber que basta eu voltar àquele shopping no próximo final de semana pra saber que tudo aquilo já deixou há muito de ser exceção para virar regra. Que o poder entregue aos filhos passa longe de ser um agrado aos pimpolhos e resume-se somente à necessidade de vislumbrar e exibir poder por parte de pais que em nome da boa aparência andam mais sem limites que seus filhos e os cartões de crédito a eles engatilhados.

sábado, 26 de abril de 2008

Deu a lógica



Apesar de fazerem uma final inédita nestes 65 anos de história de Campeonato Goiano, Goiás e Itumbiara foram os times mais consistentes no decorrer da edição 2008, e por isso merecem estar na grande decisão.

Para quem acompanhou os jogos e a preparação dos times, percebeu a superioridade técnica, estrutural e de investimento de ambos. O Itumbiara com um quê a mais de surpresa, não só pela pouca tradição, mas pela dedicação que demonstrou desde antes do início do Campeonato. Parecia até se tratar de um "tudo ou nada". E até agora, deu tudo o que eles queriam.

É claro que o título inédito, pra quem em 38 anos de fundação sequer chegou a uma final do Goiano, é parte do plano. Mas ficou claro, principalmente depois das declarações do prefeito de Itumbiara e presidente de honra do clube, José Gomes da Rocha, que o almejado era mesmo a vaga na Copa do Brasil 2009, ano do centenário da cidade.

Pra quê? Parece evidente que por questões políticas. Se este ano, sem qualquer data extraordinária, Zé Gomes já investiu milhões no time visando a satisfação dos eleitores que daqui alguns meses digitalizam seus votos para a composição do Paço Municipal itumbiarense, imagine o que será feito no decorrer do histórico 2009? Como afirma o próprio prefeito, "a idéia é elevar nacionalmente o nome Itumbiara!". Resta saber se do time ou da cidade.

O Goiás também fez sua parte. Mais por obrigação do que pra surpreender. Principalmente depois do trágico 2007, a diretoria parece ter acordado para a importância de pensar grande e agir como tal. Algo que já era cobrado do time, maior representante esportivo do Estado, há muito tempo.

Justamente por isso iniciou-se o ano com grandes contratações. Não de famosos medalhões experientes nas artes de fazer alarde e de esvaziar as contas bancárias das sociedades esportivas onde pisam com suas coloridas chuteiras (pra chamar a atenção, claro!), mas de jogadores de menos nome e mais eficiência. Cega exaltação? Excesso de confiança? Nada disso! Está mais que claro que para competições de maior nível, o Goiás ainda precisa de contratações (leia-se reforços!). Mas alguns números comprovam que a eficiência a que me refiro não é nada ilusória.

Com 64 gols marcados em 24 jogos, o time se colocou como um dos melhores ataques de todo o país. Foi no Estadual o time com a maior seqüência de jogos consecutivos sem derrota: 10 (da 3ª à 13ª rodada), uma verdadeira prova de regularidade. Com apenas 3 expulsões ao longo da competição, mostrou que disciplina também faz parte do planejamento. Se consagrou líder geral da primeira fase, entrando com preciosas vantagens nas semi-finais. Aplicou 7 goleadas, o que reforça a competência do ataque que, diga-se de passagem, foi o melhor de todo o Goianão com 54 gols. Além disso, foi o clube que menos perdeu: apenas 3 derrotas. Isso fora a Copa do Brasil, onde junto apenas a Palmeiras e Internacional (RS), foi a única agremiação a se classificar nas duas primeiras fases sem a necessidade do segundo jogo; onde marcou 10 gols em meros 3 jogos; e onde destruiu tanto no placar quanto taticamente o ex-todo poderoso Corinthians, vitória digna de um resultante torcicolo no corinthiano roxo e presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva.

Se tudo isso ainda não te convence dos méritos dessas equipes, tudo bem, estou de acordo que números nem sempre são donos da verdade. Mas muita emoção e um excelente espetáculo podem tirar suas dúvidas. E para isso, basta reservar duas horas de cada um de seus dois próximos domingos. Afinal, o coração só sente o que os olhos vêem!

sexta-feira, 11 de abril de 2008

O LAR ESTÁ DEIXANDO DE SER DOCE




Não obstante o número de casos de violência urbana, nos últimos anos viemos convivendo com um tipo de violência ainda mais assustador, a familiar. Desde os chocantes casos de Suzane Von Richthofen, e os mais recentes, de Sílvia Calabresi e da menina Isabella, a sociedade está cada vez mais ciente que o problema exige atenção e uma contrapartida social mínima necessária para o usufruto da cidadania e da dignidade humana.

Vista como aliada na estruturação da sociedade, nas questões morais e éticas e também na segurança das relações humanas, a família a cada dia vem perdendo sua condição de alicerce ao deixar desvirtuar seu conceito tradicional em conseqüência da realidade agressiva da vida moderna.

Mas tudo isso tem uma origem, uma raiz. Sendo violência um estado de reação, é preciso que todos se concentrem nas ações provocativas deste estado. Ignorância, pobreza material, carência cultural, desigualdade social, tudo isso faz parte. Mas considerando os casos acima citados, em que todos os protagonistas são teoricamente bem estruturados, é preciso que as autoridades vejam além dos problemas convencionais e se atentem também para fatores psicológicos.

E como elas poderiam fazer isso? Controlar as libertinagens estimuladas principalmente pelas mídias seria um bom começo, já que o excesso de liberdades proposto e praticado pelos meios de comunicação acaba não só estimulando comportamentos indevidos, mas tornando cada vez mais familiar (em seu sentido habitual) todo e qualquer tipo de violência.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Eu e Nostra já sabíamos




Demorou, mas finalmente foram definidos os confrontos do quadrangular final deste Goianão 2008. Mesmo com previsibilidades à solta, torcidas, times e imprensa tiveram de esperar toda a fase classificatória, ao todo 17 jogos, para conhecerem quem enfrenta quem nessas semi-finais.

Surpresas ao longo do campeonato? Sim, tivemos várias! Quem imaginaria, por exemplo, que o CRAC, sensação da Série C do Brasileiro do ano passado, não chegaria uma vez sequer à zona de classificação e ainda terminaria como o 4º pior time da competição? Quem acreditaria na surpreendente reação da pobre Anapolina que nem arroz, muito menos feijão (caríssimo!), tinha a oferecer aos seus jogadores? E quem apostaria numa eliminação precoce da segunda maior força do futebol goiano, o Vila Nova, diante do surpreendente Anápolis, que entrou literalmente pra não cair? E os 4 x 0 que os colorados levaram do Atlético? Nem um perito em futebol apostaria esse resultado na loto! Alias, falando em Atlético... Conseguiu sua primeira vitória somente depois de 4 jogos, oscilou nas últimas posições até a 10ª rodada e, depois da chegada do heróico e, para mim, melhor técnico dessa fase classificatória, Zé Teodoro, despontou para muitos como favorito ao título já que, diferentemente do Goiás que começou bem e foi caindo de rendimento (apesar da indiscutível campanha), o rubro-negro soube a hora de crescer!

São essas imprevisibilidades que dão graça e seguram todos até os 90 minutos da finalíssima. Mas como comentarista esportiva, estou aqui para apontar os melhores, os piores e, inclusive, o campeão com dias de antecedência. Na minha profissão, errar sempre foi conseqüência. O importante é falar! Números ajudam, são legais, e dizem muito! Assim como coincidências. Aliás, foi pensando nessas duas coisas que há exatos 66 dias entreguei a taça ao Goiás. O porquê? Além de um time bem montado, de uma excelente estrutura, de contratações acertadas (destaque para a comissão técnica), e uma folha de pagamento de 1 milhão e 800 mil por mês, me baseei nas últimas 4 finais do Goiano, em que sempre o vice-campeão de uma edição, no ano seguinte acabou papando o título. E pra quem não recorda 2007: Atlético 2 x 1 Goiás.

Fora os esmeraldinos, qualquer um poderia deletar este parágrafo acima. Afinal, todos os outros 3 que integram o quadrangular final apresentam números e coincidências de sobra para roubar do Goiás a taça que eu já lhe concedi. O Atlético, por exemplo, tem o melhor ataque, o melhor saldo de gols, muito dinheiro e no ano passado, quando se consagrou campeão, começou tão mal como neste ano (sua primeira vitória também veio na 4 ª rodada). O Itumbiara também tem muito dinheiro, jogadores bastante experientes, técnico de série A, está desde a primeira rodada do campeonato na zona de classificação e este ano ganhou bonito dos 3 grandes da capital: Goiás, Atlético e Vila Nova. Além disso, pega na semi-final o Atlético, time que desbancou 3 vezes nos últimos 4 confrontos que teve com a equipe. Olho neles, Dragão! O Anápolis também não fica pra trás. Primeiro time a se despontar no conturbado Grupo 1, garantiu a classificação em cima do Vila Nova, desbancou o Itumbiara em pleno JK e foi o único time a não perder para o Goiás na primeira fase, com uma vitória em plena Serrinha e um empate no Jonas Duarte.

Apesar de tantos indícios e dicas pra eu não me meter em apontar favorito, honro minha condição de cronista esportiva e sigo com a mesma opinião do terceiro parágrafo que, por enquanto, segue em negrito. E que o fim do campeonato, trate de deletá-lo, porque eu não o faço.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Dengue faz seu maior doente: o Governo




Difícil acreditar que em pleno século XXI uma doença como a dengue ainda seja motivo de calamidade pública. Difícil acreditar que um vírus provindo da África, ainda nas épocas de colonização, esteja dessa forma presente na vida dos brasileiros. Difícil acreditar que, mesmo sem a estrutura dos tempos atuais, o governo de Vargas tenha conseguido, na década de 50, o que hoje não se resolve: a erradicação de um mosquito que com menos de um centímetro contamina só no Rio de Janeiro cerca de 2.000 pessoas por dia.

Seria tudo isso resultado da eficiência e versatilidade da senhora (no feminino porque a dengue é transmitida através da picada de uma fêmea contaminada. O macho se alimenta apenas de seiva de plantas.) Aedes Stegomyia aegypti? Claro que não! Mesmo com excelente critério de escolha dos criadouros onde deposita carinhosamente seus ovinhos, de extrema resistência e rápido desenvolvimento de larvas, a culpa é de um senhor. O Sr. Luiz Inácio Lula da Silva que, junto ao Ministério da Saúde, aos governos estaduais e as secretarias municipais de saúde, foi negligente ao deixar uma infestação virar epidemia, um verdadeiro crime sanitário.

Justamente como um crime essa proliferação da dengue é vista pela imprensa internacional. Jornais de renome, como o americano Washington Post, destacam o estado de “desolação” nos hospitais e a expressiva quantidade de pessoas em busca não só de tratamento, mas também de simples testes de sangue para a detecção da doença. O argentino Clárin não fica atrás. Indigna-se com o privilégio dado às classes mais altas colocando a doença como mais democrática que sua própria cura. Ai, essa doeu!

Mas mais dolorido ainda é ver o governador do Rio de Janeiro cogitar a vinda de médicos de Cuba que, segundo ele “tem excelente tradição na área de saúde pública e de solidariedade com os povos que precisam de apoio” - conforme publicado no jornal Estado de São Paulo, dia 30 março de 2007. Estaria eu enganada ou além de tudo nossos médicos estão sendo responsabilizados e ainda questionados quanto à competência na área? Pelo visto é válido se esquivar da responsabilidade de prevenção e fiscalização e culpar aqueles que já tem as mãos estouradas por essa bomba.

Falar em números tornou-se até bobagem. Quanto mais eles aparecem, menos toma-se providências. Atitudes até disfarçam o descaso. Nesta última semana, por exemplo, foi apresentado pelo governo um projeto para o aumento do número de leitos nos hospitais de rede pública. Algo que já deveria existir já que nenhum deles tem estrutura para abrigar sequer casos simples, quanto mais os de dengue, que a cada dois meses simplesmente quadruplicam. Só em Goiânia, do período de janeiro a março deste ano, o número de crianças com sinais característicos da dengue subiu de 42 para 161. Lula e seus 3 mosqueteiros com isso?

Ora, fazem propostas como essa que mesmo pro maior dos ignorantes, está na cara: é feita de concreto e pura massa corrida. O porquê? Tudo quanto é político já sabe que eleitores brasileiros só acreditam no que vêem, e justamente por isso obras governamentais são simplesmente comparadas a Deus. E quem ousa desafiar Deus? Pelo visto, somente o mosquito da dengue.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Anomalia Universitária



A cada ano o rendimento das faculdades privadas no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) é mais baixo. Este ano chegou a 83% o índice de cursos particulares com conceitos 1 e 2, os piores na escala determinada pelo exame do Ministério da Educação (MEC). Uma anomalia que expressa situação preocupante do ensino e exige rápida e criteriosa reformulação.

Diante de instituições que estendem as vagas numa proporção bastante superior ao número de candidatos, que realizam vestibulares online com aprovação instantânea, que desprezam critérios tanto na elaboração quanto na correção de provas, que chegam a aprovar analfabetos e/ou crianças que nem do ensino fundamental passaram, fica mais do que claro o processo deplorável e já instalado de mercantilização do ensino superior.

Isso contribui para uma formação incompleta dos futuros profissionais. Enquanto as faculdades públicas prezam e proporcionam cursos conceituados, mesmo com pouca estrutura e remunerando mal seus educadores (algo que também precisa ser discutido), as instituições privadas com seus preços exorbitantes mal conseguem educar, na acepção da palavra, seu corpo discente que, como mostram pesquisas qualitativas, chega péssimo em conhecimentos gerais e mesmo depois dos longos anos de faculdade ainda sai ruim.

Assim, é preciso que os critérios quantitativos e financeiros dessas instituições deixem de prevalecer. É preciso que os formuladores do ensino no País repensem o modelo e redirecionem prioridades, que o MEC não relaxe na fiscalização e que toda a sociedade reduza a zero a tolerância à incompetência na área.

Torcidas organizadas não devem ser extintas



As semi-finais do Goianão virão aí e com certeza o Estádio Serra Dourada fará parte da disputa. Estes serão os primeiros jogos decisivos depois que torcedores de Vila Nova e Goiás brigaram entre si no final de fevereiro. O fato acabou interditando o estádio para reformas e colocando em pauta a extinção ou não das Torcidas Organizadas. Optar pelo sim não seria a solução, já que a desorganização das mesmas é resultado de problemas culturais e estruturais que cabem às autoridades resolver.

Os torcedores deste tipo de organização são geralmente rotulados de agressivos. A personalidade de cada um não se pode alterar. Mas o comportamento refletido em público deve ser contido, já que a violência não é a única forma de se expressar agressividade. Gritos de guerra, faixas e bandeirões contribuem tanto para a beleza do espetáculo, como para o processo de auto-afirmação que as pessoas buscam ao se filiar a essas entidades. É preciso que isso esteja claro na mentalidade da juventude.

Mesmo com a implantação de medidas preventivas, o processo de conscientização pode não ser suficiente para impedir que a festa se transforme em violência. Por isso, remediar também faz parte do processo. Sistema de segurança desenvolvido, policiamento especializado e política de punição são medidas em que as autoridade devem investir para garantir a paz nos estádios.

Apoiar o fim das Torcidas Organizadas seria, por parte das autoridades, se esquivar de responsabilidades inerentes ao seu papel, e também restringir do espectador a festa, beleza e euforia que as torcidas – desde que realmente organizadas – trazem aos estádios de futebol.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Uma lenda chamada Marcus Minuzzi



O texto é opinativo. A opinião é sobre a aula. Mas a aula foi sobre o professor. Então é sobre ele que vou falar.

Se eu dissesse que saber seu nome, sua idade, sua formação, sua naturalidade e algumas preferências acumuladas em seu currículo não seriam informações suficientes pra eu opinar sobre ele, certamente estaria mentindo. Afinal, eu opino sobre coisas das quais sei menos, bem menos!

Esses dias pra trás mesmo diz uma música chamada "Nouvelle Vague", citando François, Goudard e até aquele filme dele dividido em três partes, "Nossa Música", sabe? Mas do movimento mesmo, não sei nada! Logo, o que vale é a intenção. Então vamos à Marcus Minuzzi, o tópico do dia.

Na verdade ele falou muito pouco. Queria ter ouvido mais sua voz pra saber se ele só toca violão ou canta também. Aquelas unhas grandes, só na mão direita, quase que gritando: "Oiêêêê... eu toco violão!", me irritam porque pra homem, sinceramente, não dá. São realmente muito feias! Mas tudo bem, eu sei que facilitam o dedilhado, que certamente conquistou sua mulher, que gerou seus 3 lindos filhos de olhinhos azuis. Perdoado!

Quando Marcus Minuzzi escreveu pela primeira vez seu nome no quadro, logo tratou de colocar um "dê erre ponto" na frente. Pra mim, já foi a época que o título de doutor encantava. Hoje acho coisa ou de quem quer ser professor ou de quem tem muita necessidade de auto-afirmação. Aliás, me incluo nesse segundo grupo e talvez por isso eu um dia venha a ser Dra. Monara Marques, sei lá! Só sei que Marcus Minuzzi se inclui nesses 2 grupos. Certeza!

Primeiro porque, bom... ele virou professor! Segundo porque ele se auto-entitulou "artista". Ninguém se auto-entitula "artista". Você fala no máximo que é poeta, músico, ator, escultor, mas artista, não! No máximo artista plástico. Mas Marcus Minuzzi artista? Não, não!

Aliás, estou adorando repetir esse nome: Marcus Minuzzi! Só neste texto já é a 5ª vez que eu escrevo. Completo, claro! Porque só Marcus é comum! Mas o tal Minuzzi tem lá seu charme. Será de onde vem? De Porto Alegre não deve ser porque de lá só vem viado. Coisa que Marcus Minuzzi não é! Pelo menos é o que ele garante... (reticências).

Bom, programei terminar esse texto até 12:20 e, sabe, eu costumo ser bastante regular com meus horários. Não neurótica como Marcus Minuzzi que, além de acionar o despertador do celular, em 7 minutos deu 23 olhadas no relógio até dar 10:30, horário que termina sua aula. Isso é ser neurótico! Eu sou apenas regular. Como foi, por exemplo... a 1ª aula do Prof. Dr. (mais não sei o que lá) Marcus Minuzzi. Será que pega mal dizer isso à ele?

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

COINCIDÊNCIAS DO GOIANÃO



Surgido em 1944, o Campeonato Goiano é hoje a mais importante competição da Região Centro Oeste. Variando suas regras, competidores e campeões, os 46 anos de campeonato contam várias histórias. A começar pelo nome dos times. O Goiás, por exemplo, já foi Comercial. O Vila Nova disputou a edição de 1946 como Operário e a de 1949 batizado de Araguaia. O Atlético, clube mais antigo da capital, disputou durante anos o título de melhor time com o arque-rival da época, Goiânia, que hoje seuqer está na Série A da competição.

Alias, dos 12 times que encaram a divisão principal da edição 2008, nem a metade já se sagrou campeão. Fazem parte dos privilegiados somente Goiás, que já ganhou 21 vezes, Vila Nova, que venceu 15, Atlético, que já levou 10, Crac, 2 vezes campeão e Anápolis, que em 1965 pôs seu nome na história.

Entre os campeões dos últimos 5 anos, somente o time catalano entra como representante do interior. Interior que este ano vem forte. Itumbiara liderando de um lado, Anápolis liderando de outro... É, mas uma coincidência pende para o lado da capital: nos últimos 4 anos o vice-campeão de uma edição, no ano seguinte acabou papando o título.

Foi assim com o Vila Nova, que em 2004 perdeu para o Crac mas em 2005 ganhou do Goiás, que um ano depois se reabilitou despachando o Atlético, que no ano passado se vingou, deixando advinha quem como vice-campeão? É... se as águas continuarem seguindo o mesmo ciclo, a taça este ano já tem dono.


Ao passado: 06/05/2007 - Domingo
Atlético 2x1 GOIÁS

sábado, 19 de janeiro de 2008

COPA DO MUNDO É TUDO! O RESTO... É PAISAGEM!

Mini documentário sobre as chances de Goiânia ser uma das sub-sedes do evento. Dê sua opinião.